quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Planador ASG 32 Escala 1:3

Eu sempre desejei construir um planador na escala 1:3. De início pensava em construir um ASG 29, porém, após o lançamento do ASG 32,  o mais novo modelo da classe 20 metros da empresa Alexander Scheicher,eu acabei mudando de ideia e comecei a desenhá-lo assim que consegui um bom arquivo em três vistas.

Geralmente os fabricantes - por razões óbvias, não disponibilizam seus desenhos para aeromodelistas mas as grandes empresas fabricantes de planadores (aeromodelos),  tais como Rosenthal, Paritech e Tangent  não devem enfrentar dificuldades de conseguir os desenhos das seções das da fuselagem para construírem os moldes. Como não tenho acesso nem conhecimento para conseguir os projetos, eu tenho que projetar tudo a partir dessa imagem em três vistas acima.

Junção das duas partes da fuselagem 




O projeto das asas é mais fácil porque os perfis são escolhidos dentre os diversos padrões já utilizados nos planadores RC. 

  
Após o projeto, chega a hora de definir o método de construção da fuselagem que servirá de plug para fabricar os moldes. Após ouvir algumas sugestões, optei por fabricá-la seguindo o padrão adotado na construção de barcos de madeira, com laminas de madeira balsa coladas ao longo das cavernas. As peças foram usinadas em fresadora cnc.


A fuselagem é enorme, tem aproximadamente  3 metros de comprimento. Para construí-la eu precisei construir uma mesa maior para caber a planta sobre a qual eu estou montando as peças. Também pensei na dificuldade de levar esse planador para o local de voo, é praticamente impossível colocá-lo num Agile, rsrsrs. Para tanto, fiz um encaixe da fuselagem para dividí-la em duas partes e assim poder transportá-la com mais facilidade.



Seguindo com a construção, as laminas de balsa 1/8"são cortadas com 1 cm de largura para permitir o melhor contorno das cavernas e coladas com cola CA. A lâminas mais estreitas seguem mais facilmente curvatura ao longo da fuselagem.


Continuando. Foi finalizado o revestimento de  uma das partes da fuselagem. Como disse antes, ela será dividida em duas partes que serão fixadas por parafusos e pinos. A imagem abaixo é a metade da primeira parte da fuselagem que vai até a junção com o tubo da cauda. Construída sobre a planta e depois unida a outra metade será uma estrutura muito resistente.



O progresso é muito lento, requer paciência para colar lâmina por lâmina de madeira até a peça tomar a forma oval da fuselagem.



Finalizei a metade da fuselagem. 
A estrutura é muito resistente; o uso de laminas de balsa permitem o perfeito contorno das cavernas de modo que será necessário pouco trabalho para deixar a superfície sem ondulações.


A partir da etapa acima, a construção da outra metade fica mais fácil porque teremos a peça pronta como guia, permitindo um perfeito alinhamento.




Agora estou na fase de acabamento da fuselagem. Antes tive que usinar o nariz o planador na fresadora CNC e colá-l- na fuselagem



Em seguida, colei os perfis da raiz da asa na fuselagem. É um trabalho que requer um ajuste muito preciso porque se ficar desalinhado ou assimétrico, as asas não ficarão com ângulo de incidência diferentes. 


Para facilitar o alinhamento, duas cavernas possuem os suportes para colar o perfil. Desta forma, o alinhamento fica mais fácil.

                                       


Futuramente irei postando a partir do progresso da construção...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Terceiro voo de testes do ASW20

No domingo passado fizemos mais um teste de voo do ASW20, instalei spoilers nas asas para facilitar o pouso e foi mais fácil pousar desta vez.
O voo foi bastante tranquilo devido a estabilidade desse planador. Mesmo um piloto que nunca voou um planador escala consegue voá-lo sem dificuldades.

Fotos do dia.











Videos:

http://www.youtube.com/watch?v=3aFMxxsgBHo

http://www.youtube.com/watch?v=NzvjnHPncjc

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Primeiro voo do ASW20

No dia 14 de novembro foi feito o primeiro voo do ASW20.
O planador tem uma envergadura de 400 cm, pesa 4500 g e uma carga alar de 61 g/dm². Devido a dificuldade de encontrar um rebocador e ao mesmo tempo as frustaradas tentativas de rebocar com avião, eu preferi instalar um motor elétrico no nariz para decolar usando um triciclo (dolly). Eu sempre fui contra esta opção de reboque (com motor), porque na verdade planador não tem motor, porém, o que se observa atualmente no "mundo dos planadores escala cheia", é uma tendência cada vez maior dos fabricantes de planadores optarem pelo uso de motor , seja ele a combustão ou elétrico, o que importa na verdade é o fato de que não vão necessitar de reboque para voar, além de ter a possibilidade de ligar o motor numa emergência durante o voo.
O voo foi feito na Serra do Vitorino, em Riacho das Almas, um lugar excelente para voo de encosta, muito frequentado por praticantes de voo livre.
Após tudo checado, CG um pouco adiantado, chegou a hora do lançamento. O planador foi lançado pelo meu amigo Hélio Jr. e saiu da mão voando suavemente numa leve ascendente. Não toquei nos comandos, apenas deixei o planador ganhar altura, uma pequena correção de trimagem de aileron para a direita e o modelo ganhou os céus graciosamente.
Fizemos algumas fotos, infelizmente não filmei o voo de estréia, mas deu pra sentir como é voar uma planador escala com 400 cm de envergadura. é muito diferente do voo de planadores menores, a sensação é de que o planador voa lento, suave, sem tendências.
Depois de curtirmos o voo, chegou a hora do pouso, parece simples mas não é. Eu não instalei freios nesse modelo, sofremos um pouco para pousá-lo mas deu tudo certo, depois de algumas passagens baixas, o modelo finalmente pousou depois de um toque num arbusto , girou para a direita e parou sem danos.
A próxima alteração será instalar os freios e melhorar a posição do CG.





















quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cabo de Programação para Radios Multiplex

Cabo de Programação para Radios Multiplex Evo e Cockpit

Quando comprei meu rádio Multiplex Evo 9, percebi que seria necessário usar um cabo para programá-lo através da porta serial do computador. Eu encontrei nas buscas o site Igull , onde é possível baixar um arquivo em PDF com o esquema elétrico dos cabos de programação para os rádios MC3030. O mesmo esquema serve para programar os rádios Evo e Cockpit.
Existe também a possibilidade de se montar um cabo adaptador USB/RS232 FD232 TTL, mas isso requer um pouco mais de conhecimento em eletrônica apesar de ser fácil de montar.
Vale salientar também que a Multiplex disponibiliza seu próprio cabo de programação, ficando assim a cargo da pessoa optar pela compra ou montagem própria.
Esclareço que a montagem do cabo de programação é de responsabilidade de cada um, não sendo eu o responsável por qualquer dano ao equipamento.

O material necessário para a montagem está no arquivo PDF,. Abaixo os arquivos do Eagle contendo o esquema e a placa e um PDF da placa espelhado.

http://docs.google.com/fileview?id=0BweCmIPSGcw3NjMwMzQ4ZmYtNTI0Yi00Yzc2LWFhODktN2M2NzZhMDE5YzJk&hl=en


http://docs.google.com/leaf?id=0BweCmIPSGcw3ZDYxZmZiMzItZDAyZC00ZTlkLTlkZjYtYzNjNzYxODRhNzM5&hl=en


http://docs.google.com/leaf?id=0BweCmIPSGcw3ZTUxMjJjMzYtOWJkMy00MjdjLWIyNGUtMDAwMzYwOWYxMzI2&hl=en



Para programar o rádio, baixe o programa para o Evo ou Cockpit SX no site da Multiplex.
Para que o rádio funcione em modo de programação, é necessário jampear os pinos 3 e 5 do DIN7, conforme abaixo:
O conector é visto por trás nesta imagem.




segunda-feira, 24 de maio de 2010

ASW20 1:4 de escala




Detalhes do modelo:

Envergadura 4200mm
Área da asa 74,0dm²
Alongamento 22,5
Perfil HQ2514, 2512, 3510
Massa 4500 g
Carga alar 62g/dm²
Canais 6 com mixagem quadruflap

Construção em andameto, asas cortadas com CNC,



Estabilizador horizontal quase pronto...



sábado, 22 de maio de 2010

Dia de voo na serra de Camocim

Hoje voamos na encosta em Camocim de São Félix, PE. O vento estava calmo e sem rajadas. Inicialmente estávamos voando na parte mais baixa da encosta mas não estava muito bom. Depois mudamos para um local com vento mais constante e deu pra voar os planadores e Zagis. No final da tarde fomos para a parte mais alta da encosta, onde pudemos voar com mais facilidade porque lá o lift era constante e com uma área boa para pouso.
Estavam na encosta Eu, Hélio, Henrique e Serginho Alas.



Todo mundo concentrado...


A frota aguardando a hora de voar...

Asa Voadora Spariane

Asa Voadora Spariane

Detalhes da asa:
Envergadura 1430mm
Flexa 20°
Área da asa 28,6dm²
Alongamento 7,15
Perfil HS30/90
Winglet 210mm
Massa 500 g (máximo de 850 g)
Carga alar 17,5-30g/dm²
Canais 2 com mixagem Delta

Eu sempre desejei construir uma asa do tipo CO2, mas devido a falta de tempo nunca conclui o projeto. Eu já fiz dezenas de asas do tipo Zagi, mas essa asa voadora me chamou a atenção pela simplicidade e por caber dentro do carro com facilidade. O modelo foi baseado no desenho postado no site http://www.aerodesign.de/modelle/HS/hs20.htm e http://www.aerodesign.de/modelle/HS/hs20.htm Está tudo em alemão, mas usando o google dá para traduzir sem problemas.
Para quem desejar construí-la basta pegar a planta e cortar os perfis conforme orientação do desenho postado no site.
Eu não tenho muitos detalhes da construção porque essa asa foi feita às pressas. Eu estava sem rádio e ansioso para testar meu rádio Multiplex Cockpit que acabara de chegar. Porém, eu acredito que seguindo o desenho dá pra construir sem problemas.


Construção

A asa é feita de Poliestireno (Isopor) laminado com fibra de vidro e resina epoxi. O processo de fabricação usa a técnica de vacuo bagging e começa com o corte dos painéis seguindo as especificações do projeto e perfil HS 30/90 Nada impede de contruí-la de isopor P3 com reforço de fita adesiva.
Um detalhe importante antes de cortar os painéis é a torsão (twist) de 2° na ponta de cada painel de asa. É recomendado seguir o projeto para que a asa voe com mais estabilidade, evitando a perda de sustentação na ponta das asas em baixas velocidades.
Os winglets foram feitos de balsa de 1/8" ou 3 mm, e devem ser feitos de madeira mais dura para evitar quebra durante os pousos.
O POD da asa foi feito de chapa de balsa de 3 mm, com reforço de compensado de 1/32" no dorso. Possui bastante espaço interno, o suficiente para caber uma bateria de lipo 3S para quem desejar instalar um motor elétrico.
No 1/3 da asa foi instalada uma longarina de balsa de 4 mm, suficiente para reforçar a asa e evitar torsão.